domingo, 30 de agosto de 2009

"Detalhes de uma vida"

Sábado eu realizei mais uma vontade. Um treco meio sentimental e familiar, uma saudade gostosa e um pouco sofrida. Ir ao show do Roberto Carlos era uma das coisas que eu mais queria fazer nessa vida. Está entre os top 5 de shows que precisava assistir antes de partir dessa pra uma melhor e dois desses eu já o fiz: Roberto Carlos e Oasis, alguns eu não vou poder realizar mesmo, mas outros ainda estão na lista de espera.
Chegamos ao ginásio, eu e Martina, 1 hora antes do show. Clima tranquilinho e monte de senhores e tios. Na nossa frente, uma família inteira e um pai que dava pra sentir que era feliz com a família que tem mas um pouco melancólico. Ele tinha bebido um pouco a mais. Atras da gente, umas mulheres que não paravam de gritar e de comentar cada coisa do show.
E assim foi, o ginásio foi lotando, lotando...quando o maestro entoou os primeiro acorder de "Como é grande meu amor por você" o lugar estava absolutamente tomado. E ai, as primeiras lágrimas começam a rolar. Um choro de saudade e sentido. Todo mundo cantando junto em coro como poucas vezes eu vi. E logo o personagem principal entra, todo de branco em frente aquela plateia toda: "que prazer. Quando eu estou aqui, eu vivo esse momento lindo". Um clássico, mas não menos emocionante. E dai então, uma música atras da outra e alguns comentários do próprio que, com certeza, já está mais do que decorado desde o primeiro show dessa turnê. Imagina, o cara cantar o mesmo repertório durante o ano todo.
Mesmo não sendo a católica mais fervorosa e praticante, não tinha como não me emocionar com "nossa senhora", mas uns litros de lágrimas rolaram e não foi diferente quando ele cantou 3 músicas que foram feitas para mãe e o pai:

"...Apesar da distância e do tempo
Eu não posso esconder
Tudo isso eu às vezes preciso
Escutar de você

Lady Laura, me leve pra casa..."


"...Esses seus cabelos brancos, bonitos, esse olhar cansado, profundo
Me dizendo coisas, num grito, me ensinando tanto do mundo...
E esses passos lentos, de agora, caminhando sempre comigo,
Já correram tanto na vida,
Meu querido, meu velho, meu amigo..."

Dai vem as músicas de temática, como o próprio falou, mais sensual: Proposta (uma das minhas preferidas), Cama e mesa, Cavalgada (também uma das preferidas)e mais um punhado de algumas lágrimas.

Lembranças da jovem guarda em um outro pout pourri que termina com "Jovem tardes de domingo, tantas alegrias. Velhos tempos, belos dias.."

E entre uma música e outra, "detalhes tão pequenos de nós dois" e algumas cafonas, mas que são engraçadas e não deixam de me lembrar das manhãs de "roberto carlos em detalhes": mulher pequena e caminhoneiro ("eu seeeeei...vou correndo ao encontro dela. Coração ta desparado, mas eu ando com cuidado, não me arrisco na banguela..").

E no final, depois de muito choro e muitas risadas das pessoas em torno da gente, viemos embora estarrecidas e emocionadas com tanta coisa.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

All my life

Viajar sempre faz bem pra vida e pra alma. Desde que vim morar em SP acho que já fui para o Rio de Janeiro umas 5 vezes e a cada vez que eu vou, eu gosto mais. As vezes, tenho a audácia de achar que meu tempo aqui em SP está se esgotando e que depois disso eu preciso mesmo é ir morar, passar um temporada no Rio. Cada vez que vou e volto percebo o quanto aquele ar e as possibilidades lá são muuito mais agradáveis para a vida. Mas não vou aqui desmerecer a cidade que me recebeu como se eu, realmente, fizesse parte dela a mais de 25 anos. São Paulo é uma cidade muuuuito querida por mim. Por todas as coisas que já aconteceram desde quando eu cheguei e, olha, eu realmente sou muito sortuda e grata a tudo. Mesmo que para isso eu tenha que ficar longe de algumas pessoas e que abdicar do convívio com essas pessoas seja muito difícil é preciso crescer de alguma forma. Passar por necessidades e dificuldades e crescer, acima de tudo. E cresci e me tornei uma pessoa diferente. Não sei se mais madura, mais feliz...apenas mais eu mesmo. Quem me conhece sabe do que eu to falando e concorda comigo. Vir pra São Paulo foi uma das melhores coisas que poderiam ter me acontecido até hoje. Muito abençoada que sou, sempre agradeço as coisas boas que Deus tem me presenteado.
É muito poder perceber que estou começando a andar com as minhas pernas, mesmo que isso, as vezes, seja difícil. Sempre reclamo que é muito difícil ser gente grande, mas também é muito bom ter responsabilidades e pensar em conquistar as coisas por nossos próprios méritos. E mesmo que crescer significar mais preocupações e "dores de cabeça" é assim que tem que ser, é assim que se cresce. Não faço o me deixaria completamente feliz, mas sou feliz com o que faço e sou conformada com isso...e conformada não de acomodada, apenas aceitei as linhas que foram traçadas pra mim.

sábado, 1 de agosto de 2009

Por quase um segundo

Crescer as vezes doi e é muito dificil. Ter que acordar cedo, fazer 23 coisas no mesmo dias, dar conta de tudo no trabalho. Ter hora para entrar mas não ter para sair. As aulas nos sábado, a monografia que não quer dar as caras. Administrar as crises na cabeça e tentar não sucumbir a desistência.
Não da para sucumbir e desistir assim sem antes pelo menos tentar um pouco. Dessa vez eu vou tentar engolir o choro e aguentar firme sem ter que mostrar fraquezas.
Dai, eu percebo que eu queria ta no colégio e ter a única preocupação de estudar pra matemática, matéria que sempre me deixou de prova final.
São tantas coisas pra resolver, pra pagar, pra administrar que parece que o corpo um dia vai pedir arrego e a cabeça não vai dar conta e o hd vai pifar.
Mas, como disse a minha mãe um dia desse? Quem disse que ia ser fácil? Tenho sangue Oliveira no meu sangue e as mulheres com esse sangue, normalmente, sempre se doam mais do que algumas outras pessoas e são sangue quente e ponta firme.

é isso...desabafo da semana. E ansiosa pela chegada dos meus velhos!